5 de set. de 2008

Sirotski cabra-macho

Todo bom estudante de história, pessoas de bem, fãs do Lima Duarte e daquele comercial da Century ou leitores assíduos devem conhecer o termo Coronelismo, o qual faz referência ao sistema vigente no Nordeste no final do século XIX e primeira metade do século XX. Coronelismo é o nome que damos ao sistema onde o poder ficava nas mãos dos coronéis, ou seja, oligarquias que davam ordens, comandavam a política e/ou economia de uma determinada região, sempre com mão de ferro. A influência dos coronéis na política brasileira foi enorme. O termo voto de cabresto veio daí.
Costuma-se dizer que o Coronelismo ainda impera no Nordeste, citando como maiores exemplos as famílias ACM, na Bahia, e Sarney, no Maranhão. Concordo, apesar de ver esse pseudo-coronelismo diminuir, como vimos em 2006, quando a Bahia elegeu um governador petista no primeiro turno, um golpe tão duro que o patriarca da família ACM foi violar painéis do Senado em outras esferas (perdão pelo humor negro).
Pois é. Nós, gaúchos, seguindo nosso discurso de orgulho e de olhar para o próprio umbigo, nos vangloriamos de não possui esse sistema e nunca sermos submetidos a esse tipo de política.
Pois eu afirmo que HOJE em dia nós temos um coronelismo muito forte no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o qual só tende a crescer. E esse coronelismo responde por três letrinhas: R-B-S.


O olho mágico
Se você acha que eu estou falando besteira, responda depressa: você ultimamente não chegou a ler algum destes jornais (ZH, Diário Gaúcho, Pioneiro, Diário de Santa Maria), ouviu alguma destas rádios (Gaúcha, Farroupilha, Atlântida, Itapema, Cidade), sintonizou na RBS ou na TV Com, clicou no ClicRBS ou no Hagah ou comprou algum cd da Orbeat Music? Pois todos estes veículos fazem parte de um mesmo grupo, a Rede Brasil Sul.



A casa grande do Coronel
Vejamos os números do filhote da Globo: contando Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a empresa onde trabalha o Pederneiras contabiliza 18 emissoras de televisão; 2 tvs comunitárias, 26 emissoras de rádios (contando-se aí as filiais da Atlântida e da Itapema), 8 jornais, 2 portais de internet, 1 editora, 1 gravadora, 1 empresa de logística, 1 empresa de marketing e ações para o público jovem e 1 fundação.
É impressionante como a RBS está tomando conta da informação e do entretenimento no Rio Grande do Sul. É assustador. O monopólio sobre a informação só não é completo porque temos do outro lado o sistema Caldas Júnior que resiste, mas “entregou-se pros home” da Record. Sempre lembrando que o sonho da Record é ser a Globo. Então...
Em Santa Catarina é ainda pior. A RBS foi comprando, um por um, os maiores jornais do Estado, sempre nas grandes cidades. O último foi A Notícia, de Joinville, o último BALUARTE da imprensa que não estava atrelada aos Sirotski.
A emissora elege governadores, prefeitos, tem comentaristas que implantam o que querem em nossas cabeças, e ninguém percebe. É, viver sob o coronelismo não é fácil.
Em tempo: se você leu este texto e ficou com certa raiva da emissora que traz a sua vida na tv, faça como eu. Desconte-a aqui: http://br.youtube.com/watch?v=U9CXtycJz_g

7 comentários:

  1. Hoje podemos presenciar o que a televisão faz em nossos jovens!

    :0

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  2. Eu acho que tu é da CIA...
    auhashuashusahuasha

    e pseudocoronelismo é junto!
    ;P

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  3. e depois eu que so a capitalista neh...
    hushuhusahusa


    bjooo

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  4. Tem certeza que pseudocoronelismo é junto?

    Há controvérsias...

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  5. absolutíssima!
    O hífen nos vocábulos formados com prefixo:
    pseudo — quando o segundo elemento tem vida à parte e começa por vogal, h, r ou s: pseudo-arcaísmo, pseudo-herança, pseudo-revelação, pseudo-sábio;

    vida à parte?
    ashuashsahhashahhashsahsah

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  6. Vida à parte é profundo, hein?

    Mas se tu diz...

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